"A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas." (Goethe)

2010-04-13

Morreu uma das crias de Lince Ibérico


Morreu uma fêmea de Lince Ibérico do Centro de Silves
A cria que nasceu no domingo de Páscoa morreu «de causa aguda»
«As duas crias de lince ibérico estiveram sempre bem até domingo, dia em que uma delas morreu de causa aguda e de forma rápida», explicou o director do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, Rodrigo Serra.
De acordo com a agência Lusa, a cria, com uma semana de vida, não estava subnutrida nem havia sido rejeitada ou ferida pela progenitora, apontam os resultados resultados preliminares da autópsia realizada no Centro de Análises e Diagnóstico de Málaga - Espanha.
Rodrigo Serra adiantou que, em 2009, «40 por cento das crias que nasceram morreram até aos dois meses de idade». Segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICBNB), nesse ano nasceram em Espanha 28 linces ibéricos em cativeiro e só 17 sobreviveram até aos dois meses.
Os números de 2008 demonstram que a «mortalidade neo-natal nos linces ibéricos é normal» - nasceram 16 crias, morreram três e seis crias tiveram de ser retiradas às progenitoras.
De uma população de 100 mil animais no início do século XX, o número de linces ibéricos, considerados os felinos mais ameaçados do mundo, situa-se na ordem das duas centenas em estado selvagem, além daqueles que são mantidos em centros como o de Silves.
Em Portugal, onde não eram avistados linces desde 1980, o objectivo do programa ibérico de reprodução é libertar os animais mantidos em cativeiro nos habitats naturais, como a serra da Malcata, e no Sul do país.
Azahar, progenitora da cria, nasceu há cinco anos em liberdade e foi o primeiro animal a ser transferido de Espanha para o centro de Silves, em Outubro passado, ao abrigo do plano ibérico para a conservação do lince, um felino ameaçado de extinção.

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